segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Obra do Fauvismo e características do estilo:

Henri Matisse, Les toits de Collioure, 1906

Para discorrer a respeito das características do estilo fauvista, escolhi uma obra de Matisse, o líder não oficial do grupo dos fauves. Falar de fauvismo é falar de cor, luz, pinceladas vigorosas e falta de nuance; o qual Matisse sempre soube lidar com muita destreza.

Nesta obra, em especial, Matisse usou cores que promovem um show aos nossos olhos, e por mais “desajeitada” que possa parecer, à primeira impressão, é uma obra muito bem pensada, que sugere até certo movimento. Matisse modela seus objetos com suas pinceladas selvagens, utilizando cores intensas. Se existe alguém que representa dignamente os “ideais fauves”, este alguém se chama Henri Matisse. 

Ballet: O Lago dos Cisnes


Os elementos que fizeram do ballet “O Lago dos Cisnes” a mais famosa obra de dança de todos os tempos foram: a técnica impecável, muitos bons bailarinos em uma só obra, a coreografia, o cenário, as várias danças e variações, o “chicote”, a dualidade da bailarina (Odete x Odila) e toda a dramaticidade. É algo que toca o espectador!

Em minha opinião, é uma obra muito lúcida, cheia de surpresas, dramas, pantomimas; o que muito me agrada. Porém, dentre todos os aspectos supracitados, penso que a técnica absoluta, foi o que mais cooperou para o sucesso d’O Lago dos Cisnes na época e para o seu legado espetacular. Não deixando de lado, também, o encanto pela dança e atuação da bailarina principal. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Desenho Ornamental


Ornamento, segundo o dicionário Aurélio, significa adorno ou enfeite; ornamental, consequentemente, é aquilo que é usado como enfeite. Isto posto, podemos pensar um pouco acerca do que é o desenho ornamental.
A origem da arte ornamental, remonta ao fim do século XIX, onde surgiu a Arte Nouveau, movimento essencialmente decorativo, que inicialmente foi contemplado na arquitetura e no design, porém, acabou se alastrando pelas artes plásticas também. Na atualidade, percebemos de modo evidente, as influências deste movimento, não só nas artes, mas em nosso cotidiano.
O desenho ornamental, com efeito, possui uma visibilidade enorme nos dias de hoje, sendo apreciado em tatuagens, móveis, estampas, e também, na área do design. Segundo o texto “5 artistas especialistas em desenhos ornamentais” do site da empresa Shutterstock, que é uma agência de banco de imagens, com sede em New York, o desenho ornamental “pode não estar no topo da lista de passatempo de muitos designers, mas com certeza a arte do design ornamental continua sendo tendência.”.
Neste texto são apresentados 5 artistas: Ozerina Anna, Transia Design, Alex Makarova, Vikpit e Nataliia Litovchenko, (e em seus nomes encontra-se o link para o portifólio de cada um dos artistas). Dentre estes, nos atentaremos para duas artistas, em especial; Ozerina Anna, ilustradora, artista vetorial e cinegrafista, e Transia Design, também ilustradora, artista vetorial e cinegrafista.  São dois mundos diferentes, duas visões de designers e dois trabalhos impressionantes e contemporâneos.
Ozerina, produz rótulos encantadores, diga-se de passagem, inspirada particularmente, pelo estilo vintage (estilo que resgata elementos das décadas de 20 a 60), e Transia, distingue-se de Ozerina, com seus desenhos étnicos super detalhados. O que essas duas artistas tem em comum? O desenho ornamental. Analisando as obras dessas duas artistas, individualmente e conjuntamente, avistamos quase que uma harmonia entre seus trabalhos, mesmo tendo influências de estilos diferentes, a raiz é a mesma.
É fundamental percebermos os vários desdobramentos em que o ramo do desenho ornamental se apresenta. Se relembrarmos sua origem, podemos enxergar que sua influência foi colossal, e o seu desenvolvimento, também.
Se torna muito interessante analisar o trabalho dessas duas artistas, quando sem nos darmos conta, observamos uma mandala de Transia e já nos lembramos de tatuagens que vimos por ai, ou quando vemos um rótulo produzido pela Ozerina e já nos vem à mente uma garrafa de cerveja conhecida. Engraçado como as artes se conversam, e de tempos em tempos, essa dialética veio se tornando mais presente no campo artístico.
Por fim, fazendo um pequeno enlace, gostaria de colocar em voga o trabalho da artista ucraniana, Nataliia Litovchenko, que me chamou bastante a atenção. A delicadeza de como ela compõem seus convites me fascinou, e o mais curioso, é que de algum modo, ela trouxe para mim um resgate das duas artistas já comentadas, com seu estilo vintage onde, por vezes, utiliza-se das mandalas. Nataliia utiliza cores que me agradam muito. Por inteiro, é um trabalho maravilhoso!

Acesso ao site: http://www.shutterstock.com/pt/blog/5-artistas-especialistas-em-desenhos-ornamentais

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Comentário sobre obra fauvista.


Waterloo Bridge, 1906 
André Derain

Dos pintores do círculo fauvista, Derain é um que muito me agrada. Suas cores puras, muito bem combinadas, e suas pinceladas ferozes, dão ao mesmo um caráter peculiar.
A obra fauvista que eu escolhi para fazer um comentário foi a “Waterloo Bridge”, 1906, de André Derain. “As cores chegaram a ser para nós, cartuchos de dinamite”, e como! Está frase pertence ao pintor deste belo quadro; e ao meu ver, exprime o sentimento em relação às cores, e sua abundância. À primeira vista, não lidei muito bem com todo esse sobejo de cores e essa forma grotesca. Mas os fauves são assim mesmo, selvagens. Agora já o vejo com outros olhos... Olhe bem para este quadro, remete-nos à um mosaico brilhante, voraz.
Derain, evidentemente, usou as cores como dinamites, explodindo nosso olhar com impetuosidade, compondo maravilhas fauves!