Hélio Oiticica nasceu em 1937, no Rio de Janeiro, seu pai era filósofo anarquista, o que, provavelmente, influenciou em sua forma de encarar os fatos. Proporcionou uma inconstância na arte contemporânea brasileira, principalmente durante a década de 60. De personalidade extremamente exuberante, demonstrava essa característica de modo peculiar em suas produções. Sua intenção maior era de desestabilizar as ideias existentes de modo a pensar em uma nova relação dentro da arte. Hélio Oiticica foi um artista dos extremos, buscando arrancar a áurea em torno da arte, inventou conceitos e obras interatividade com o público.
A morte dramática foi a maior tragédia de sua vida, antes disso, ele deixou rastros de autenticidade e ousadia na arte brasileira, levando-a para o exterior e para fora das telas. Ao expor suas obras em locais externos, possibilitou uma revolução na arte brasileira!
Muito a frente de outros artistas brasileiros, nos primórdios da Teoria da Recepção, Oiticica trouxe a obra a aberta para o público, jogando com as percepções dos espectadores e fervendo suas cabeças. Muitos não entendiam, mas o achavam interessante e, no mínimo, peculiar. É fato que, mesmo antes das “exposições interativas” serem intituladas desta maneira, o artista dos “Penetráveis” e “Bolídes”, foi quem proporcionou tal interatividade ao público.