segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

HÉLIO OITICICA

 Hélio Oiticica nasceu em 1937, no Rio de Janeiro, seu pai era filósofo anarquista, o que, provavelmente, influenciou em sua forma de encarar os fatos. Proporcionou uma inconstância na arte contemporânea brasileira, principalmente durante a década de 60. De personalidade extremamente exuberante, demonstrava essa característica de modo peculiar em suas produções. Sua intenção maior era de desestabilizar as ideias existentes de modo a pensar em uma nova relação dentro da arte. Hélio Oiticica foi um artista dos extremos, buscando arrancar a áurea em torno da arte, inventou conceitos e obras interatividade com o público.


A morte dramática foi a maior tragédia de sua vida, antes disso, ele deixou rastros de autenticidade e ousadia na arte brasileira, levando-a para o exterior e para fora das telas. Ao expor suas obras em locais externos, possibilitou uma revolução na arte brasileira!

Muito a frente de outros artistas brasileiros, nos primórdios da Teoria da Recepção, Oiticica trouxe a obra a aberta para o público, jogando com as percepções dos espectadores e fervendo suas cabeças. Muitos não entendiam, mas o achavam interessante e, no mínimo, peculiar. É fato que, mesmo antes das “exposições interativas” serem intituladas desta maneira, o artista dos “Penetráveis” e “Bolídes”, foi quem proporcionou tal interatividade ao público.

LEITURA PESSOAL - TOLOUSE LAUTREC

http://pt.slideshare.net/luanacolosio/leitura-pessoal-no-moulin-rouge-de-toulouselautrec

OLHAR-SE, SE OLHAR (oficina)

23 - 25 de julho de 2015 <3

Um corpo que aja, não um corpo que pense.
Se der errado, volte para casa sem medo.
Que corpo é esse?
Jan Saudek.

http://olharseolhar.wixsite.com/olhar-se-se-olhar
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NASCIDOS PARA COMPRAR pt. II

O sucesso da indústria sobre o consumo infantil é inegável. Os publicitários fazem os maiores esforços para conquistar as cabeças das crianças e conseguem, sem perceber, elas “[...] se vinculam às marcas, adotam o cool como um valor paradigmático e não se dão conta de que sus grupos musicais favoritos são apenas criações de marketing.” (SCHOR, 2009, p. 201). É fato que esta fórmula desenvolvida é muito lucrativa, quando sabemos que a indução ao consumo não passa de um meio para fins econômicos, sob as crianças, desnecessário às necessidades das mesmas (SCHOR, 2009).

Tudo isso tende a influirá sobre as gerações futuras, “Os publicitários e os defensores da infância pós-moderna [...] argumentam que a enorme influência  da mídia eletrônica e a da cultura corporativa vieram para ficar [...]” (SCHOR, 2009, p. 202)., os rumos e efeitos dessa influência é que são importantes. Schor defende que “Pais e filhos podem juntar-se para recuperar a infância tomada pelos gigantes globais [...]” (SCHOR, 2009, p. 202).

O laissez-faire é uma abordagem que tem como pressuposto que o nosso dever enquanto consumidores é que “[...] devemos comprar o que desejamos, onde e quando quisermos, na quantidade que pudermos, com no máximo, um discreto controle alheio.” (SCHOR, 2009, p. 203). O consumo torna-se, então, uma atividade privada e ao mesmo tempo pessoal, marcada pelo liberalismo, que propõe um consumidor voraz que esteja sempre nesse ciclo vicioso (SCHOR, 2009).

A infãncia corrompida pela indústria está estritamente ligada ao cotidiano dos seres humanos. Neste contexto liberal, elas são consideradas alvos facilmente atingíveis pela falta de racionalidade, sempre atentas ao que está na moda ou não, e são os pais que são os devedores da disciplina para com o consumo infantil, eles quem devem saber como e quando agir para disciplinar as crianças frente ao consumismo (SCHOR, 2009). Deve haver, então, uma desmercadorização da infância, onde “Kids Are Getting Older Younger” (SCHOR, 2009, p. 206), para que os estragos sejam diminuídos e os efeitos também.


REFERÊNCIAS


SCHOR, J. B. Nascidos para comprar: uma leitura essencial para orientarmos nossas crianças na era do consumismo. São Paulo: Editora Gente, 2009.

NASCIDOS PARA COMPRAR pt. I

Com base na leitura do texto de Juliet Schor e nas discussões feitas em sala de aula, podemos afirmar que o consumismo na infância veio sendo formado desde o século passado, onde as crianças foram aprendendo a comprar e a apreciar tal ação, tornando-se consumidores em evidência, como explicitado por Schor (2009). Na medida em que esse consumo foi sendo alimentado cada dia mais, vê-se que antigamente

[...] o consumo era modesto em comparação com outras atividades como o trabalho, as brincadeiras, o lazer, a escola, o envolvimento religioso. Hoje, as horas de ócio estão preenchidas pelo marketing, que substituiu as sociabilidades não estruturadas, e muito do que as crianças realizam durante seus momentos de lazer diz respeito a mercadorias e suas relações de consumo.  (SCHOR, 2009, p. 9)

Tendo em vista, como a autora coloca, que as horas de ócio são os momentos em que as crianças se encontram em maior proximidade com a relação de consumo, através do marketing, surge, então, uma pressuposição, quase que imposta, da mídia, que culpabiliza os pais baseando-se no argumento de que “[...] os pais sempre têm a opção de proteger seus filhos da propaganda.” (SCHOR, 2009, p. 194).
Sendo assim, Schor (2009) pondera que é criada uma “triangulação” entre os pais, as crianças e os marqueteiros, mais intricada do que se pode imaginar. Culpabilizar fácil e diretamente os pais torna-se um visão simplista, face às complexidades da vida contemporânea, onde esses três elementos encontram-se tão enleados.

É preciso que haja um olhar mais calmo e cuidadoso por parte dos pais sim, porém, não se deve culpá-los deste modo, como se não houvessem outros “inimigos” além do marketing, como a convivência em sociedade, onde todos estão sujeitos ao contato com o próximo que, inevitavelmente, também estão sujeitos a este contexto.

REFERÊNCIAS

SCHOR, Juliet B. Nascidos para comprar: Uma leitura essencial parar orientarmos nossas crianças na era do consumismo. São Paulo: Editora Gente, 2009.