segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

NASCIDOS PARA COMPRAR pt. II

O sucesso da indústria sobre o consumo infantil é inegável. Os publicitários fazem os maiores esforços para conquistar as cabeças das crianças e conseguem, sem perceber, elas “[...] se vinculam às marcas, adotam o cool como um valor paradigmático e não se dão conta de que sus grupos musicais favoritos são apenas criações de marketing.” (SCHOR, 2009, p. 201). É fato que esta fórmula desenvolvida é muito lucrativa, quando sabemos que a indução ao consumo não passa de um meio para fins econômicos, sob as crianças, desnecessário às necessidades das mesmas (SCHOR, 2009).

Tudo isso tende a influirá sobre as gerações futuras, “Os publicitários e os defensores da infância pós-moderna [...] argumentam que a enorme influência  da mídia eletrônica e a da cultura corporativa vieram para ficar [...]” (SCHOR, 2009, p. 202)., os rumos e efeitos dessa influência é que são importantes. Schor defende que “Pais e filhos podem juntar-se para recuperar a infância tomada pelos gigantes globais [...]” (SCHOR, 2009, p. 202).

O laissez-faire é uma abordagem que tem como pressuposto que o nosso dever enquanto consumidores é que “[...] devemos comprar o que desejamos, onde e quando quisermos, na quantidade que pudermos, com no máximo, um discreto controle alheio.” (SCHOR, 2009, p. 203). O consumo torna-se, então, uma atividade privada e ao mesmo tempo pessoal, marcada pelo liberalismo, que propõe um consumidor voraz que esteja sempre nesse ciclo vicioso (SCHOR, 2009).

A infãncia corrompida pela indústria está estritamente ligada ao cotidiano dos seres humanos. Neste contexto liberal, elas são consideradas alvos facilmente atingíveis pela falta de racionalidade, sempre atentas ao que está na moda ou não, e são os pais que são os devedores da disciplina para com o consumo infantil, eles quem devem saber como e quando agir para disciplinar as crianças frente ao consumismo (SCHOR, 2009). Deve haver, então, uma desmercadorização da infância, onde “Kids Are Getting Older Younger” (SCHOR, 2009, p. 206), para que os estragos sejam diminuídos e os efeitos também.


REFERÊNCIAS


SCHOR, J. B. Nascidos para comprar: uma leitura essencial para orientarmos nossas crianças na era do consumismo. São Paulo: Editora Gente, 2009.

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