quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Georg Hegel

   A concepção de educação proposta por Hegel tem embasamento no conteúdo, ou seja, na teoria, que segundo o mesmo, é mais valoroso do que a técnica. O pensador propõe, também, a educação do gosto, que é feita através da arte. A arte para Hegel é a criação do espírito, nos seus diversos estágios de consciência. E é por ser a produção do espírito, que ele desconsidera as representações da natureza, para ele, uma obra impressionista, por exemplo, não é arte.

   Georg Hegel acredita que uma sociedade não vive sem educação, porque ela é o meio para alcançar a liberdade e o uso pleno da razão. É nesse ponto que podemos traçar uma linha de pensamento, uma analogia, no tocante à educação em Rousseau e em Hegel. Rousseau descarta o uso da razão na infância, ele elabora um processo de aprendizagem por meio de cinco fases, que devem ser respeitadas cada conteúdo de acordo com o seu devido período, entretanto, para o filósofo suíço, a educação também é sinônimo de liberdade, uma vez que o homem é corrompido, pela educação, ele encontra subsídios para retornar às raízes naturais.

   Hegel afirma que a arte, além de ser a criação do espírito, implica no dever moral, possibilitando ao homem, tornar-se humano. Na percepção do filósofo, o chamado “Belo”, é universal, tem arquétipos e critérios, tal qual a ciência. Em linhas gerais, para Hegel, a arte é objetivista e tem responsabilidades morais.

   Por trazer de volta a humanidade do homem, combater e vencer as paixões, os vícios, fortalecendo o caráter moral, a arte tem um papel crucial na educação do homem, pois, retira-o da sua condição de apatia e recompõe a sua humanidade. E essa por fim, é a correlação entre arte e educação, existente na obra de Georg Hegel.


Nada de grande se realizou no mundo sem paixão.”
Georg Wilhelm Friedrich Hegel

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