Platão, ou Arístocles (427 a.C. - 347 a.C.). “O homem dos ombros
largos” que dividiu o mundo em dois: mundo inteligível X mundo sensível. Foi um
célebre filósofo grego, de família aristocrática, nascido em Atenas,
considerado o maior da antiguidade Clássica e que foi o primeiro a fazer uma
síntese filosófica. Tinha como método filosófico imprescindível a dialética (a
arte de argumentar, discutir). Para Platão, o diálogo era a melhor maneira de
gerar conhecimentos, contrapondo ideias que suscitam ideias divergentes e pela
razão, chegava-se à verdade.
A concepção de educação platônica propunha formar
filósofos, homens que tivessem conhecimentos e formação para se tornarem
governantes. Primeiramente havia a educação do corpo: exercícios físicos,
ginástica (iniciada por volta dos 7 anos de idade) e segundamente das artes,
matemática e física, música e guerra (14/15 anos de idade) em suma, um conhecimento
amplo em diversas áreas, testando as aptidões dos homens. Platão dava ênfase na
formação filosófica, o que nos revela a dissociação da educação homérica. A
sociedade hierárquica de Platão se divide em três papéis: filósofos, guerreiros
e produtores (artesãos, fazendeiros). Platão acreditava que pela educação os
homens são levados a descobrir o seu lugar na sociedade, pois, não há uma
sociedade justa constituída de homens injustos (justiça é o conceito mais
importante de Platão) e a transformação do conhecimento é feita através da
educação.
Não poderia deixar de citar, mesmo que brevemente, a
ilustre ‘’alegoria da caverna’’ de Platão. Fazendo uma analogia com o tema
educação. O entendimento da verdade não é fácil, a passagem de um conhecimento
para o outro é doloroso e a ‘’saída da caverna’’ deve ser feita a força. Mas o
árduo trabalho para chegar ao ápice do conhecimento e conhecer a verdade pela
razão, é esplêndido, e para Platão é o caminho certeiro para se tornar um
filósofo e estar na classe social mais valorizada, segundo suas duas grandes
obras “A república’’ e “As leis”.
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