quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Maoris: UHA!

   Os maoris são o povo nativo da Nova Zelândia, um dos últimos lugares da Terra a ser descoberto e colonizado. Sempre muito valentes e destemidos, os Maoris defendiam seu território a unhas e dentes, literalmente.  Muitos europeus, na tentativa de invadir o espaço deles acabaram virando refeição das tribos. Em 1840 foi assinado o tratado de Waitangi (entre os Maoris e a Corte Britânica) visando cessar a anarquia e trazer paz ao lugar. O tratado perdura até hoje e está em vigoroso funcionamento.

   A palavra Maori significa “normal” e representa toda uma cultura. Possuem sua própria língua, a maori, que tem semelhança com o taitiano (que hoje em dia no país é pouco falada, visto que não é comercial).

   A arte Maori é deveras importante na economia da Nova Zelândia, bacana destacar aqui também, que os bons escultores no passado, eram denominados deuses nas aldeias e o costume prevalece diante as tribos hoje.

   Um povo cheio de crenças e considerados os precursores da tatuagem. Os Maoris utilizavam ossos e objetos afiados para aplicar a tinta no corpo, que eram feitas pelos Tohunga (que tem habilidade ou arte, seja religiosa ou não). Acreditavam que a tatuagem tinha poder para curar males, do espírito e da alma. As tatuagens também eram sinônimo de virtuosidade e sabedoria, quanto mais tatuagens mais sábia e brava a pessoa era. Entre os homens era comum e de suma importância que tivessem as cabeças tatuadas, pois a tatuagem lhes contava a história de cada um, o status, os desejos e quem eram.

   E como toda sociedade, os Maoris também tinham seus deuses (ex: Lono, Tiki) rituais (tecelagem, escultura, dança, tatuagens) que só podiam ser executados por quem seguia toda a tradição, especialmente, as tatuagens.

Breve citação: ''Em tradução livre, um relato do capitão James Cook, um dos responsáveis pela colonização daquele território, a respeito das tatuagem maori: As marcas, em geral, são espirais desenhadas com grande minúcia e até elegância. Os lados correspondem um ao outro. As marcas no corpo lembram folhagens em ornamentos antigos, [...] mas nestes trabalhos há tamanho luxo nas formas que, de centenas de desenhos aparentemente iguais à primeira vista, um exame de perto explicita que não há produções iguais. As tatuagens maori são um marco na história dessa forma de arte e, além da beleza de seus desenhos, eles revelam uma simbologia impressionante de uma cultura rica e complexa. Elas vão além da manifestação artística, representando plenamente uma manifestação humana e cultural. São, literalmente, a vida à flor da pele.”

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