Se
pensarmos que em cada época, existem ideais diferentes, culturas cultivadas sob
visões diferentes, e até mesmo os instrumentos dos artistas são diferentes...
Partindo desse pressuposto, podemos afirmar que através das obras de arte,
patrimônio cultural e fonte de informações diretas sobre inúmeras sociedades,
pode-se contar a história da humanidade. Neste período que estudamos, mais
conhecido como uma revolução: o Romantismo, a intenção dos artistas era de
dramatizar, ou melhor dizendo, de dar emoção às suas obras. Diferente do
Barroco, é triste, um tanto melancólico, e foi nesta época em que começou-se a
imprimir o individual de cada artista em sua obra. Ou seja, o Romantismo abriu
as portas para o individualismo do ser humano, expondo sua visão de mundo em
suas pinceladas. Penso que a partir do Romantismo é que a história da
humanidade pode ser conhecida de modo mais íntimo e peculiar.
“William
Turner: o romântico inovador”, esse título foi colocado para dar ênfase às
inovações de Turner, um contemporâneo de seu tempo. Depois de Turner, a
concepção de pintor paisagístico mudara, natureza e homem foram atados; e o
inovador havia a dominado, expressando as emoções dos homens através da mesma,
produzindo paisagens intensas e nebulosas.
No
primeiro contato com a obra de Turner, a sensação que nos transmite é de
movimento e voracidade, um movimento constante das ondas, do mar, da água no
seu fluxo contínuo, a neblina pairando pelo céu e as imagens embaçadas, como
nossa visão, diante de tais cenas. Isso tem emoção, é intenso... É romântico. Mas
Turner não é apenas isso. Esse magnífico pintor foi um contemporâneo de seu
tempo, anunciando de modo sutil o que viria pela frente, o Impressionsimo,
através de sua impressão realista da natureza, apresentando-nos a sua imensa
força e demonstrando-nos domar a mesma.
A
obra que eu escolhi, “The Slave Ship”
(abaixo), fala por si mesma: brusca, violenta e sincera; com essas palavras, eu
a descreveria. O grande feito de J. M. W. Turner é inconfundível! Quando dizem
que Turner captou a natureza no seu modo mais intenso, não é balela. Suas
pinceladas têm vida, as cores que ele utiliza, dão contraste e fazem de suas
pinturas, algo distinto dentro da revolução romântica.
The Slave Ship, 1840
Nenhum comentário:
Postar um comentário