quarta-feira, 30 de março de 2016

Brasil de 30

No primeiro governo de Vargas, o ideal difundido era o da modernização do nosso Brasil. Neste momento, década de 30, a educação foi compreendida como um instrumento precioso para conceber tal aspiração. A educação passa a ser, então, um recurso para os projetos futuros do país, vista como uma salvação para os problemas sociais, econômicos ou políticos do país. Sob o prisma das bases educacionais, estava bem discriminada a questão social, como a “educação rural [...] e a formação técnico-profissional de trabalhadores, visando solucionar o problema das agitações urbanas.” como citam Shiroma, Moraes e Evangelista. Destarte, objetivava-se tornar o ensino, por meio da reforma educacional, mais adequado à modernização, adaptando-a. 

As autoras ainda alegam que “a estrutura de ensino vigente no Brasil até 1930 nunca pudera se organizar como um sistema nacional integrado”, ou seja, não existiam diretrizes gerais. Trazendo essa questão para a atualidade, referindo-se, ainda, as discussões que tivemos em sala, hoje em dia o sistema educacional também se encontra fragmentado. É certo que são dois momentos distintos, mas olhar para o passado para compreender o nosso momento é interessantíssimo; é se teletransportar para enxergarmos com novos olhos. O fato é que, assim como afirma Saviani, ilustre filósofo brasileiro, no Brasil, até os tempos atuais, ainda é inexistente um sistema educacional de fato. 

Em conclusão, respondendo sem desvios a questão levantada, podemos admitir que no estágio em que nosso país se encontrava na década de 30, todos os olhares se voltaram para a modernização do mesmo, não é por menos que a educação não deixou de ser integrada a essa feitura, sendo esta, uma forte “arma”, e INDISPENSÁVEL, de dominação e revolução de um país. Mas essa discussão fica para uma outra hora...

quinta-feira, 17 de março de 2016

Necessidade educativa especial.

Necessidade educativa especial, é a particularidade de uma pessoa que foge ao padrão de aprendizagem, dentro do âmbito educacional. De acordo com Elizabet Dias de Sá, esses indivíduos possuem singularidades, apresentando "limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, lingüísticas ou ainda síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes etc.". Todos nós precisamos de um cuidado, mas digamos que essas pessoas possuem cuidados mais específicos, em diversas áreas práticas de suas vidas.

A palavra "essencial", tal como explicita a autora supracitada, veio para compor a ideia de algo diferente, sendo, às vezes, um eufemismo para as pessoas que utilizam o "especial" num sentido pejorativo julgando serem de valor superior que as pessoas "não-normais". Todos sabemos que não é bem assim. Há uma necessidade, de fato, específica que necessita também de mecanismos específicos para ser desenvolvida, principalmente perante a esfera educacional. O que não é válido é igualar esses indivíduos no sentido da aprendizagem diferenciada o qual eles necessitam, e reputá-los como diferentes na prática social/diária, isso é, no mínimo, contraditório e, infelizmente, trivial.

REFERÊNCIA:

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS. Elizabet Dias de Sá. Acesso: http://www.bancodeescola.com/verbete4.htm

Gostei muito desse texto da Elizabet, achei muito elucidativo, contextualizado e didático, deixo aqui a referência para uma possível discussão futura.

Relatório "teatro de bonecos"

O “show de bonecos”, espetáculo o qual tivemos a oportunidade de ir assistir, faz parte de um projeto da secretaria de cultura de Maringá, o “Convite ao teatro”. A apresentação foi breve, pois, o público, em geral, eram crianças, logo, não poderia ser muito extensa. Porém, não deixou de ser relevante para nossa para nossa aprendizagem acadêmica. O tema do teatro era “show” e seu propósito era apresentar as diversas formas de se trabalhar com teatro de bonecos. A manipulação, feita pelos atores/manipuladores, se diversificava a cada nova personagem que entrava em cena, oportunizando a nós, conhecermos tipos diferentes de manipulação de bonecos: marote, fios, balcão e vara.
Impressões pessoais: facilmente percebíamos quais eram os atores mais experientes quando estavam em prática, uns pareciam dominar mais a técnica do que outros. A trilha sonora estava coerente com as personagens, que, em geral, eram cantoras(es) e dançarinas(os). A criançada ficou estática com a música da bailarina. A iluminação existia, mas não penso que cumpriu seu papel com êxito, embora, principalmente no teatro de bonecos, seja muito importante. Por ser um espetáculo voltado ao público infantil, pode ser que não prezaram muito por não aparecerem durante as manipulações. Já assisti a outro espetáculo onde nós, o público, realmente acreditávamos que os bonecos tinham vida, por estarem “sozinhos” no palco. Talvez, se tivessem investido mais nessa questão, teria sido bem mais bacana. Mas, pelo que pudemos entender, é uma trupe nova na região que está desenvolvendo este trabalho interessantíssimo há pouco tempo e ainda têm muito a crescer.
Embora o direcionamento do espetáculo tenha sido voltado para o público infantil, para nós, futuros professores de arte, o mesmo foi de suma importância. Através deste, pudemos verificar a variação com que podemos trabalhar o teatro de bonecos. Aprendemos, também, que estes bonecos podem ser feitos com diversos materiais e de vários tamanhos, dependendo da técnica de manipulação que iremos utilizar.
Proposta de atividade: teatro de bonecos feito com palitos de sorvete. Com este conteúdo é possível trabalhar com a técnica da vara, só que numa dimensão menor. Dependendo da série que fosse trabalhado este conteúdo, poderia ser feito um boneco com papel e eva, utilizando fios para trabalhar também outra técnica. O teatro de bonecos é um conteúdo muito interessante e que também possui inúmeras alternativas para os professores trabalharem, não esquecendo, porém, da importância da contextualização do conteúdo, que é essencial, e porque não, também, o conhecimento de outras técnicas, mesmo que seja só na teoria e por imagens, para instigar os alunos a pesquisarem sobre o conteúdo fora da sala de aula.
Para além da aplicabilidade profissional, pensando na acadêmica/pessoal, a ida ao teatro foi uma oportunidade fundamental para todos nós. Por estarmos em um curso de artes, é imprescindível que estejamos em contato com a cultura, não só teórica, em sala de aula, mas sim, com a cultura presente em nossa cidade, e quem sabe, nos próximos eventos, em outras cidades ou até outro país. Com toda certeza, é estes são momentos enriquecedores de aprendizagem e socialização do saber em um ambiente diversificado, que proporciona a interação dos acadêmicos de um modo singular e, ainda, a motivação por buscar o diferencial em nossa formação. 

Palavras-chave: Teatro, Bonecos, Manipulação.

Farnese de Andrade


 The Devil's Oratory [1976]
Farnese de Andrade é, de longe, um dos artistas mais densos que já tive oportunidade de estudari.  Sua peculiar poética gira em torno de temas sombrios, com uma estética carregada de simbolismos e cargas emocionais.  Ao mesmo tempo em que ele nos assusta, ele nos instiga; e é aí que nos deslumbramos. Pode ser uma comparação não muito justa, mas ele me lembra Caravaggio e Goya: ousados, destemidos e singulares em sua composição.
Esta obra que eu escolhi, “The Devil’s Oratory”, possui traços característicos de suas obras em gerais (objetos e assemblages), o oratório e um boneco.  Farnese tem como tema central ele mesmo, em suas obras ele exprime “medos, dores, tristezas, rancores, complexos, perdas, depressões, recalques, pânicos, relações, fetiches, libidos, euforias e alguma alegria”. Com relação ao que foi citado, podemos afirmar que sua obra é um retrato de si e de seu inconsciente, ela “construiu assim, uma obra na qual o lirismo oscila do concreto ao abstrato e o bruto consegue ser gentil”, achei genial essa ponderação, achei pertinente anexá-la ao meu comentário pessoal.
Pelo que eu estive lendo, Farnese, tal como Goya e Caravaggio, foi um contemporâneo de seu tempo e infelizmente só foi “redescoberto” após a sua morte. É curioso pensar nesses artistas que só ganham fama após a morte, muitos deles foram incompreendidos e outros tantos só não estavam no momento certo. Mas a arte tem dessas coisas, ela nunca se limita. O velho pode ser o novo, e vice-versa, é sempre um caminho de inventividade, criatividade e novas relações.
REFERÊNCIAS

·         minha intepretação da obra 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Linha da Vida


Reviver e viver de novo. Se reencontrar. Fazer este trabalho foi uma experiência maravilhosa (obrigada pela oportunidade, profa. Dani), onde pude resgatar algumas memórias e imergir em raízes antigas. É triste, é doloroso, mas é intenso é profundo e tão necessário. Envolve mais do que isso, aqui, envolve-se a identidade que aos poucos é desenvolvida, permeada por rastros, que por vezes tentamos abandonar, mas são intrínsecos. Uma forma de se conhecer mais e mais, que eu quero levar comigo.

COLAGEM DO EU: As imagens falam por nós.


Livros, bicicleta, frutas, nus, doces, música, amor, fotografia, obscuridades, Itália, relógio, plantas, voar, praia... Um pouco do meu eu, visual-conceitual, como um pedaço de mim. Gosto das imagens, sua sugestividade, simbologia e passividade de interpretação. Prazeroso é poder se sentir materializado, fora do corpo, te tocar e observar.