segunda-feira, 20 de abril de 2015

Literatura de Cordel

·      Chega ao Brasil no séc. XVIII através dos portugueses e se difunde oralmente pelo nordeste brasileiro (Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Bahia);
·      A partir do séc. XIX os livretos já possuíam características peculiares brasileiras, “poesia dos sertanejos”;
·      Gênero literário popular ;
·      De caráter jornalístico: “jornal e a novela do povo” (cultura popular da localidade, acontecimentos comentados, festas, mortes, lendas);
·      Recitados e declamados de forma cadenciada;
·      Linguajar despreocupado, regionalizado e informal;
·      Pai do cordel brasileiro: Leandro Gomes de Barros (1865-1918).
·      Em linhas gerais, cordel é a “manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro de sua sociedade”.
A literatura de cordel teve início no séc. XVI, na Renascença, passaram a fazer a impressão dos relatos que antes eram passados de forma oral.
De folheto, livreto à cordel: em Portugal eram pendurados em cordas, cordéis ou barbantes, dando origem ao nome.
Fabricados manualmente, vendidos em bancas, mercados e feiras. (8 a 32 págs.)
Os poemas de cordel possuem rima, e no Brasil a estrutura poética mais utilizada foi a de sete sílabas poéticas (redondilha maior) e uma estrofe com sete versos cada. Lembrando que existiam outras estruturas poéticas como a sextilha, carretilha e a quadra.
Eram declamados empolgadamente, como também recitados de forma melodiosa, acompanhados de instrumentos.
Também havia teatros, como as peças que Gil Vicente (dramaturgo, poeta português) fez (Auto da Barca do Inferno).
Temas: opinião do autor, indo de romance à ficção (refletia a cultura popular da localidade, boatos, acontecimentos, amor, religião). Intuito: narrar, informar, satirizar, representar, criticar.
Utilizavam figuras de linguagem como ironia, hipérbole, sarcasmo, para tornar tudo mais jocoso e interessante ao público-alvo.
Ainda hoje, os folhetos são muito apreciados e vendidos nas feiras populares,  infelizmente, não como poderia ser, a cultura é desvalorizada e artistas como Abraão Batista são tão conhecidos no Brasil, quanto no exterior.

Repente ou Cantoria: arte poético-musical. Os poetas repentistas são improvisadores, que espontaneamente, e com rítmica, fazem os poemas. 

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