· Chega ao Brasil no séc. XVIII através
dos portugueses e se difunde oralmente pelo nordeste brasileiro (Pernambuco,
Ceará, Alagoas, Paraíba, Bahia);
· A partir do séc. XIX os livretos já
possuíam características peculiares brasileiras, “poesia dos sertanejos”;
· Gênero literário popular ;
· De caráter jornalístico: “jornal e a
novela do povo” (cultura popular da localidade, acontecimentos comentados,
festas, mortes, lendas);
· Recitados e declamados de forma
cadenciada;
· Linguajar despreocupado, regionalizado e
informal;
· Pai do cordel brasileiro: Leandro Gomes
de Barros (1865-1918).
· Em linhas gerais, cordel é a
“manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro de sua sociedade”.
A literatura de
cordel teve início no séc. XVI, na
Renascença, passaram a fazer a impressão
dos relatos que antes eram passados de forma oral.
De folheto,
livreto à cordel: em Portugal eram pendurados
em cordas, cordéis ou barbantes, dando
origem ao nome.
Fabricados
manualmente, vendidos em bancas,
mercados e feiras. (8 a 32 págs.)
Os poemas de
cordel possuem rima, e no Brasil a estrutura poética mais utilizada foi a
de sete sílabas poéticas (redondilha
maior) e uma estrofe com sete versos cada. Lembrando que existiam outras
estruturas poéticas como a sextilha, carretilha e a quadra.
Eram declamados empolgadamente, como também recitados de forma melodiosa, acompanhados de instrumentos.
Também havia
teatros, como as peças que Gil Vicente
(dramaturgo, poeta português) fez (Auto da Barca do Inferno).
Temas:
opinião do autor, indo de romance à ficção (refletia a cultura popular da
localidade, boatos, acontecimentos, amor, religião). Intuito: narrar, informar, satirizar, representar,
criticar.
Utilizavam figuras de linguagem como ironia,
hipérbole, sarcasmo, para tornar tudo mais jocoso e interessante ao
público-alvo.
Ainda hoje, os
folhetos são muito apreciados e vendidos nas feiras populares, infelizmente, não como poderia ser, a cultura é desvalorizada e artistas como
Abraão Batista são tão conhecidos no Brasil, quanto no exterior.
Repente ou
Cantoria: arte poético-musical. Os poetas
repentistas são improvisadores, que espontaneamente, e com rítmica, fazem
os poemas.
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