Conforme proposto pela professora de
Psicologia de Educação, o texto a seguir tem o objetivo de realizar uma breve análise
do documentário “É o bebê”, do canal GNT, ressaltando três aspectos que se
correlacionam com a teoria de Gesell.
As três características apresentadas
no documentário que foram levantadas foram as seguintes:
1.
Interação do bebê com seu meio;
2.
Visão;
3.
Noção espacial.
Isto posto, considerando o primeiro
aspecto, a “Interação do bebê com seu
meio”, pudemos observar que tal como aponta Gesell, é colocado que o meio
pode impulsionar o desenvolvimento do bebê, mas, não é ele quem o define. Como
postula o autor d’A criança de 0 a 5 anos,
“os fatores ambientais favorecem, infletem e modificam as progressões do
desenvolvimento, mas não lhes dão origem”.
Com referência ao segundo item, a Visão, tal como exposto no vídeo, “com
três semanas de vida os músculos mais ativos do bebê são os que controlam os
olhos”, ou seja, ela é o primeiro instrumento de conhecimento do mundo, após a
vida intrauterina. Como Gesell explicita, “Pouco tempo após o nascimento, o
bebê começa a olhar para os objetos, muito antes de ser capaz de tocá-los.
Olhar é uma reação ativa.”. O pensamento de Gesell harmoniza-se, então, com o
que nos é apresentado, revelando-nos que a visão é fundamental para o
desenvolvimento da mente, pois, é a partir dela, em princípio, que o bebê
explora o mundo, nas palavras de Gesell: “o bebê se assenhoreia do mundo físico
com os olhos muito tempo antes de o tomar nas mãos”.
Já com relação ao terceiro aspecto
levantado, a Noção espacial,
entendemos, com a seguinte colocação “desde nascido têm noção de profundidade,
mas não sabe do seu perigo em potencial”, que a percepção do espaço é
desenvolvida mais cedo, e com mais facilidade. Gesell declara que “Os conceitos
de tempo (duração) são, do ponto de vista do desenvolvimento, mais difíceis do
que os conceitos de espaço (grandeza)”, justamente pelo fato de que o tempo é
algo mais abstrato, enquanto a noção espacial é concreta.
Apresentado os três aspectos, podemos
nos referir, também, que o documentário que nós assistimos é uma amálgama das
teorias maturacionistas, perpassando por teóricos como Piaget, Wallon, e
também, Gesell, o autor que estudamos neste 3º bimestre.
Destarte, os aspectos levantados, que fazem
uma analogia com a teoria de Gesell, foram alguns dos muitos apresentados,
dentre eles, podemos citar a questão da busca por rostos durante os primeiros 2
meses e o reconhecimento dos rostos, o reflexo para andar, a imitação como
forma de aprendizagem, que por volta dos 4 meses os bebês já diferenciam as
linguagens, e o choro como forma de comunicação.