Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa (1864-1901) foi um pintor pós-impressionista, conhecido por retratar em suas pinturas a vida boêmia parisiense do final do séc. XIX. Toulouse-Lautrec deixara para trás uma vida rarefeita no campo, de Languedoc, para mergulhar na camaradagem do mundo da arte e na vida marginal de Paris. Destarte, passara parte de sua vida, infelizmente curtíssima, nas ladeiras suburbanas de Montmartre, em cabarés; em suma, na vida noturna que a cidade das luzes lhe oferecia. Foi esse ambiente, plenamente boêmio, que o pintor representou em grande parte de suas pinturas.
As gravuras japonesas, nesta época, vieram como uma onda
de influência, junto com a fotografia, promovendo transformações nas pinceladas
de vários pintores, Toulouse-Lautrec foi um desses artistas, influenciado,
também, por Degas. Acerca do tema, Belinda Thomson (1999), em seu livro “Pós-impressionismo”,
argumenta que:
[...] a influência japonesa alcançava o nível
de moda nas ruas. Assim, não tanto por sua novidade, mas pelo momento em que
ocorreu, a mostra informal das gravuras colecionadas por Van Gogh foi fundamental
para Bernard, Anquetin e Toulouse-Lautrec.
Sendo
assim, podemos notar tamanha repercussão da arte japonesa nas pinturas dos
artistas deste período, inclusive de Lautrec, podendo ser mais bem verificada
em seus cartazes. É válido ressaltar que o pintor, além de pintar a vida boêmia
da Paris fin-de-siècle, foi um
litógrafo muy importante, revolucionando
a arte de fazer cartazes.
Em
seus menos de 20 anos de produção artística, pintou com tinta óleo, aquarela,
produziu cartazes, descobriu o seu lugar de inspiração na vida noturna e deixou
um legado solene. Entre os pós-impressionistas, Toulouse-Lautrec com certeza é
um dos pintores que está dentro do meu top
five. A maneira sutil como ele pintou a vida boêmia de Paris, para mim, é
encantadora. As cores, o traço, as expressões, a forma como ele enquadrou as
cenas; é um universo peculiar, todo “Toulouseano”.
Curiosidade:
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