segunda-feira, 29 de junho de 2015

Land Art

   No fim da década de 60, a Land Art (termo cunhado por Robert Smithson), conhecida também como Earth Art, surgiu como uma entre várias tendências artísticas na busca por novos materiais, temas e lugares para a prática e a exibição artística. Na Land Arte, paisagem e obra de arte são indissociáveis, recriando e remodelando a natureza.

   Para a construção de suas efêmeras obras, os land artists utilizam da própria natureza, suas matérias naturais e orgânicas (rocha, solo, pedras, galhos, ramos, folhas) e água com materiais introduzidos (concreto, metal, asfalto). As esculturas não são inseridas na natureza, mas sim, produzidas a partir dela, a paisagem é o meio de sua criação. Elas existem a céu aberto, configurando-se em escalas monumentais, localizadas, geralmente, longe da civilização.

   O artista não tem absoluto controle sobre a sua arte, uma vez que, sofrem alterações pelas condições naturais (consideradas materiais). Então a obra se modifica? Sim, isso mesmo. E os artistas não veem isso como algo ruim, muito pelo contrário, são apreciadores da capacidade de metamorfose natural, afirmam ainda, que a obra só se vê completa depois de sua autodestruição.
A Land Art tem a simplicidade do Minimalismo, afinidade com a Arte Conceitual e coloca em pauta questões ecológicas, sendo totalmente oposta a comercialização da arte. As obras são da natureza, para a natureza, colocando fora de cogitação a exposição em museus e galerias, a não ser por meio de fotografias ou vídeos, que “eternizam sua evolução e decomposição”. 



A fotografia acima é de uma obra de Andy Goldsworthy, “O muro de Storm King” (1997-1998), um dos nomes referenciais da Land Art, junto a Robert Smithson, Nancy Holt, Richard Serra e a dupla que “empacota” tudo, Christo e Jeanne-Claude.

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