No fim da
década de 60, a Land Art (termo cunhado por Robert Smithson), conhecida também
como Earth Art, surgiu como uma entre
várias tendências artísticas na busca por novos materiais, temas e lugares para
a prática e a exibição artística. Na Land Arte, paisagem e obra de arte são
indissociáveis, recriando e remodelando a natureza.
Para a
construção de suas efêmeras obras, os land
artists utilizam da própria natureza, suas matérias naturais e orgânicas
(rocha, solo, pedras, galhos, ramos, folhas) e água com materiais introduzidos
(concreto, metal, asfalto). As esculturas não são inseridas na natureza, mas
sim, produzidas a partir dela, a paisagem é o meio de sua criação. Elas existem
a céu aberto, configurando-se em escalas monumentais, localizadas, geralmente,
longe da civilização.
O artista não
tem absoluto controle sobre a sua arte, uma vez que, sofrem alterações pelas
condições naturais (consideradas materiais). Então a obra se modifica? Sim,
isso mesmo. E os artistas não veem isso como algo ruim, muito pelo contrário,
são apreciadores da capacidade de metamorfose natural, afirmam ainda, que a
obra só se vê completa depois de sua autodestruição.
A Land Art tem a simplicidade do Minimalismo,
afinidade com a Arte Conceitual e coloca em pauta questões ecológicas, sendo
totalmente oposta a comercialização da arte. As obras são da natureza, para a
natureza, colocando fora de cogitação a exposição em museus e galerias, a não
ser por meio de fotografias ou vídeos, que “eternizam sua evolução e
decomposição”.
A fotografia
acima é de uma obra de Andy Goldsworthy, “O
muro de Storm King” (1997-1998), um dos nomes referenciais da Land Art,
junto a Robert Smithson, Nancy Holt, Richard Serra e a dupla que “empacota”
tudo, Christo e Jeanne-Claude.
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