segunda-feira, 29 de junho de 2015

Pop Art

   A Pop Art surgiu na Inglaterra em meados dos anos 50, mas é bem no começo da década de 60, que ela não somente surge nos EUA, mas é reconhecida como movimento. O ano de 1962, foi de suma importância na “vida” dessa arte, foi o ano em que ocorreram as primeiras exposições dos artistas considerados notáveis neste movimento. Foi nesse meio que surgiu: Roy Lichtenstein e seus cartoons, Andy Warhol e as reproduções em silkscreen e o escultor Claes Oldenburg.

   É válido ressaltar, que a Pop Art não foi recebida de braços abertos por todos e que o intuito dos artistas com as obras Pop, em geral, não eram os mesmos. Não é a toa que Stephen Farthing cita em seu livro Tudo Sobre Arte que “A pop arte nunca foi um movimento coerente. Cada artista tinha seu projeto e suas trajetórias.”. Na Inglaterra, berço da Pop Art, por exemplo, os artistas demonstraram certo encantamento pelo american way life, mas não podemos ignorar o período pós-guerra pelo qual perpassavam, pois, estavam olhando para o futuro com certo otimismo do reerguimento norte-americano.

   Quando falamos em Pop Art a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas, geralmente, são os quadrinhos, as celebridades da época, colagens, repetições e produtos, muitos produtos. Essa arte abre um leque gigante no que diz respeito aos seus conteúdos, mas se une como um todo nas suas características visuais, ou seja, a estética. Os artistas usavam materiais distintos -como a tinta acrílica, poliéster, látex- as cores eram fortes, e as técnicas variadas, indo de colagens à serigrafia. A Arte Pop é considerada uma arte irônica, que “brinca” com os produtos de massa e o consumismo da sociedade.                                                                                                   

   Enquanto de um lado, existiam artistas pop que faziam obras passíveis de serem interpretadas como criticas à moderna sociedade de consumo, de outro, haviam artistas interessados mesmo em contrapor a distinção artificial dos críticos entre cultura “de elite” e cultura “de massas” e a sofisticação elitista do “bom gosto” tradicional.

   Entretanto, houve um artista, Andy Warhol, um tanto quanto peculiar, que merece nosso destaque. Não tem como falar em Pop Art, sem citar este artista provocante e apreciador da fama. “Warhol, em contraste, procurou eliminar de sua obra os valores artísticos tradicionais. Em seu estúdio de Nova York, provocativamente batizado de “A Fábrica”, ele se propôs a produzir imagens por meio de processos impessoais, proclamando que elas não tinham nenhum valor, salvo o monetário no inflacionado mercado da arte” dizendo ainda que aprendera “a ver a arte comercial como verdadeira arte e a verdadeira arte como arte comercial.”.                     

   A obra à direita pertence ao Warhol (1964), quis trazê-la, pois, embora não retrate a Pop Art por completo, representa um dos seus aspectos mais singulares: o produto como arte.                                               

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