segunda-feira, 29 de junho de 2015

O ballet de ação


     De ballet da corte, o estilo de dança foi desenvolvendo a técnica e consequentemente os espetáculos, até surgir um movimento inovador que veio a influenciar todo o ballet posterior. A narrativa na dança, criada por Jean-Georges Novérre, principal nome da “reforma no ballet”, deu ao ballet um novo estilo: o ballet de ação. Antes de Novérre, as peças tinham mímicas, mas não uma ação completa, foi ele então quem introduziu a narrativa envolta por pantomimas no ballet. Os propósitos difundidos por Novérre, em sua famosa Letters sur la Danse, são válidos até os dias atuais, sendo a sua ideia central, manifestar ideias e paixões através dos movimento. Após a idealização desta nova forma de dança, Novérre abriu espaço para a pantomima no ballet, aproximando-o do teatro, onde há uma coreografia embasada numa história. Tal evento trouxe a dança, de vez por todas, para dentro dos teatros. 


     O ballet La Fille Mal Gardée, criado por Daubervaul, passado em sala pela professora, como vimos, é um exemplo de ballet de ação, em que a todo o momento os bailarinos nos demonstram o que está acontecendo na história dramática, ou seja, a narrativa nos vai sendo apresentada através da dança-ação, e vamos interpretando os movimento, como se estivéssemos vendo uma peça de teatro dançada.

     Penso que Novérre aproximou o ballet do público, cativando e emocionando, atravessando a limitação mecânica das técnicas (que não podem ser deixadas de lado, é claro) dando um novo sentido. Ele revolucionou, deixando seu nome para a posterioridade, e suas ideias que perduram até os dias de hoje.

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