Uma
sala de aula não é um grupo de pessoas escolhidas em razão de suas afinidades.
Não é, tampouco, um conjunto de pessoas que compartilham as mesmas convicções
ideológicas ou religiosas. Não é para um família cujos membros são unidos por
relações de filiação. Não é um bando submetido ao comando de um líder, nem um
cenário de televisão onde o espetacular é a lei. É um espaço e um tempo
estruturados por um projeto específico que alia ao mesmo tempo e
indissociavelmente a transmissão de conhecimentos e a formação dos cidadãos. (Meirieu
2006, p. 68)
Em
conformidade com a citação acima, que fala sobre o espaço da sala de aula,
pode-se compreender que a mesma não abrange uma porção de pessoas que se
identificam por inteiro, não se reduz a este objetivo. Mais do que isso, ela
possui um propósito que nos fica bem evidente quando Meirieu, na última frase,
nos diz que o espaço da sala de aula serve para “a transmissão de conhecimentos
e a formação dos cidadãos”.
Portanto,
concluímos que a sala de aula não deve a sua existência tão somente aos
estudantes que nela habitam. Sim, ela existe para acolher os mesmos (que são
indivíduos diferentes, cada qual com suas peculiaridades), mas o que gira
entorno de sua essência é a aprendizagem destes.
REFERÊNCIAS
RIOS, T.A. A Dimensão
ética da aula ou o que nós fazemos com eles. 2º ed. Campinas. SP: Papirus.
2001. (IN) VEIGA I.P.A.V. (org).
Gênese, dimensões, princípios e práticas.
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